O que é?
É um termo para atribuir distúrbios que causam reações frequentes e intensas como
nervosismo, medo e preocupação em situações do dia a dia, exemplo: falar em público.
Definição: Ansiedade é a antecipação de ameaça futura
Sintomas
Medo de se expor em público;
Medos irracionais;
Ataques de pânico como resposta ao medo;
Tensão muscular;
Sentimento de estar em perigo ou sendo vigiado;
Comportamentos de cautela ou fuga;
Comer em excesso ou em falta;
Mudanças no sono;
Preocupação excessiva;
Irritabilidade;
Mudanças de humor repentinas;
Inquietação;
Pensamento obsessivo;
Perfeccionismo;
Problemas digestivos
Como controlar?
Psicoterapia: tipo de terapia cuja finalidade é tratar os problemas psicológicos;
Identificar gatilhos e válvulas de escape como: cafeína, fumo, álcool, comida, compras excessivas ou uma pessoa e limitar o contato, se possível;
Praticar atividade física;
Praticar meditação;
Ouvir músicas que não tragam sentimentos e sensações associados aos pensamentos que sirvam como gatilho;
Comer bem;
Tente organizar uma planilha com compromissos e horários para ficar mais seguro.
Como ajudar outras pessoas?
Não falar frases otimistas como “vai passar”, pois passará a mensagem de desmerecimento da dor do outro; Mostrar apoio, mas sem pressionar;
Escutar o outro;
Demonstrar preocupação, mas desde que seja sincera;
Distrair a pessoa com boas lembranças ou uma caminhada;
Não oferecer álcool como escape;
Evitar qualquer tipo de tensão, como situações de suspense;
Saber reconhecer uma crise de ansiedade e, se possível, prestar ajuda.
RELATO DE PESSOAS DIAGNOSTICADAS COM ANSIEDADE:
“Uma pessoa com ansiedade se sente mal por tudo, se desculpa por tudo, espera o pior de muitas situações e se sente inferior a muitas situações. Ela requer cuidado e muita atenção, paciência e muito diálogo. As vezes a pessoa se sente só, isolada, em conflito interno consigo mesmo, no entanto, muita gente não percebe, pois uma pessoa com ansiedade pode ser uma pessoa alegre, que brinca com todos e não aparenta ter. Ansiedade não se baseia apenas em medicamentos, pessoas são muito importante no processo para melhora de alguém. Muitas vezes temos gatilhos para melhorar como: amigos, sair, comer algo... mas também temos alguns para a piora, como por exemplo: discussões, pessoas prometerem algo etc. Nunca deixe que uma pessoa com ansiedade durma brigado com alguém, essa pessoa vai se sentir culpada e não vai conseguir dormir, vai se sentir mal e pode piorar seu estado emocional.
Tenho ansiedade e consigo lidar com isso com ajuda de medicamentos e com ajuda de amigos e familiares!”
-André, 38 anos.
“Ter ansiedade para mim foi algo novo, algo assustador, pois me deu uma sensação de sufocamento, emocional e físico, me senti cansada, retraída, triste. A ansiedade para mim veio com algo chamado arritmia cardíaca, isso se dá quando os batimentos do coração ficam irregulares e para manter tudo isso “normal”, faço uso de medicamentos, o que não me tranquiliza, pois os medicamentos geram dependência. Porém, ao longo do tempo venho conseguindo lidar com isso, com ajuda de amigos e familiares... sempre que me sinto mal eles me ajudam e sempre sabem a maneira de lidar com toda essa situação. Por isso sempre digo para pessoas que têm amigos com ansiedade ou familiares, fiquem de olho e deem apoio mesmo que seja uma situação difícil e que a pessoa seja instável. Às vezes você é tudo o que ela tem para se manter forte em meio a tanto caos interno.”
-Gabriela, 17 anos.
CURIOSIDADE
Mulheres têm mais risco de sofrer de ansiedade que os homens. A diferença entre os gêneros chega a uma proporção de 1,9:1, e se mantém ao longo dos anos, tanto em
países desenvolvidos como em desenvolvimento.
Jovens têm mais risco do que os mais velhos. Até os 35 anos, independentemente da cultura e do gênero, os jovens têm mais probabilidade de sofrer com os transtornos de ansiedade. De acordo com a pesquisa, essa diferença se mantém em quase todos os países, menos no Paquistão, onde os adultos têm mais risco que os mais novos.
Pessoas com doenças crônicas correm mais risco. Diabéticos, hipertensos e outras doenças crônicas aparecem como uma “carga” a mais que as pessoas precisam superar, aumentando o risco da ansiedade se manifestar.
Viciados em jogos ou internet têm mais risco. Além dos viciados em opioides, o vício em jogos e internet são outras duas condições associadas ao transtorno de ansiedade. A propensão dobra no caso das pessoas viciadas.
Frequentemente, a ansiedade se manifesta com doenças mentais ou neurológicas. Quem sofre de transtorno bipolar, esquizofrenia e esclerose múltipla também tem um risco maior em desenvolver a ansiedade.
Algumas doenças estão mais associadas à ansiedade. Quem sofre com doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias, diabetes ou qualquer outra doença crônica tem maior risco de sofrer com ansiedade também.
Passado traumático pode ser a causa da ansiedade. Pessoas que passaram por uma situação traumática tendem a apresentar índices de ansiedade elevados. Exemplo são os veteranos de guerra, a partir do estudo realizado no Reino Unido e nos Estados Unidos. Entre 25% a 50% dos veteranos que tiveram membros amputados sofriam de ansiedade. O mesmo vale para quem passou por uma violência sexual.
Grávidas precisam ficar atentas aos níveis de ansiedade. Mulheres grávidas ou que acabaram de dar à luz são as que apresentam os maiores índices do transtorno obsessivo compulsivo.
Subgrupos vulneráveis são mais propensos a sofrer de ansiedade. Homossexuais ou bissexuais que vivem em países ocidentais apresentam índices de ansiedade acima da média – ainda mais entre as mulheres.
Escrito por: Camille
Editado por: Mariana
Relatos: Gabriela
Local: IFSP – Campus Jacareí
Matéria: Português
Professora: Emari
REFERÊNCIAS
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