Política é a arte ou a ciência da organização, aplicada nos assuntos internos das nações para que haja harmonia. Porém, muitas pessoas confundem política com politicagem, definida como a política de quem tem o objetivo de satisfazer objetivos pessoais.
Pode-se dizer que politicagem é o tipo de política que a maioria das pessoas aprendem em casa, pois quando se pergunta qual a primeira imagem de política que vem à cabeça das pessoas, geralmente escutamos palavras como: Corrupção, Lavagem de dinheiro, Lula, Bolsonaro, ou seja, elementos relacionados a candidatos anteriores e a acontecimentos ruins que aconteceram no Brasil.
No entanto, tudo isso é politicagem, pois são atos realizados por políticos que queriam apenas benefício próprio e não foram feitos com o objetivo de melhorar a sociedade. Por isso, uma das ações interessantes a ser realizada nos próximos anos é aula de direito para todos os alunos que cursam o 3º ano do ensino médio. Tais aulas teriam o objetivo de ajudar o aluno a ter uma mentalidade mais política para, quando fizer 18 anos, votar com consciência.
A situação do nosso país está cada vez pior e um dos motivos é a falta de conhecimento político das pessoas. Na hora de votar, acabam escolhendo pela aparência do candidato ou pela melhor propaganda. Trata-se do tipo de comportamento que devemos combater, como sociedade, para que nosso país possa progredir.
Não é novidade, para os partidos políticos, que o nosso país é tomado pela politicagem. Atualmente são 33 partidos. Então, por isso focam mais na imagem deles durante a época de eleição utilizando-se de músicas, vídeos, carros de som, panfletos do que de realmente mostrando propostas efetivas para os problemas do Brasil. Assim, é nosso dever fazer com que as pessoas saibam mais o que realmente é política para que a politicagem perca seu lugar.
Curiosidade:
Você sabia que existe politicagem antes mesmo de Jesus Cristo? Pois é, em 64 a.C., Cícero, notável orador e político romano, mesmo não pertencente à aristocracia, apresentou-se como candidato ao posto de cônsul, o cargo mais importante na cena política de Roma. Seu irmão Quintus Tullius, general e político, produziu um memorando que denominou Pequeno Manual sobre Eleições, com o objetivo de ajudar o candidato na campanha que se aproximava. O documento enfatiza não só questões corretas, mas também a atitudes duvidosas (politicagem) como: bajular, intimidar, oferecer presentes para os eleitores indecisos, difamar, fazer promessas sem cumprir etc. Resultado? Cícero foi eleito.
Trechinhos para aguçar a curiosidade:
“O candidato deve ser um camaleão, adaptando-se a cada indivíduo que ele encontra e deve mudar sua expressão e seu discurso quando necessário”.
“Para impressionar os eleitores, dê atenção a cada um deles, sendo pessoal e generoso. Nada impressiona mais um eleitor do que o candidato não se ter dele esquecido. Por isso, faça um esforço para lembrar-se de seus nomes e rostos.
Faça promessas de todo o tipo. As pessoas preferem uma mentira de conveniência a uma recusa direta. Prometa qualquer coisa a qualquer um, a menos que uma clara obrigação ética o impeça de fazê-lo”.
Leia mais nos links: <https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,pequeno-manual-sobre-eleicoes-imp-,935441>
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